DIÁRIO ORDINÁRIO #1: O fatídico almoço

 


Eu sou fanática por The Sims e cheguei a participar de algumas comunidades de role play, onde escrevi uma história para a minha sim (minha personagem). Isso foi lá em 2017, estou compartilhando agora aqui com vocês. Para saber mais, clique aqui. Agora fiquem com o primeiro capítulo da websérie 


Katerine era uma garota comum. Cresceu no interior de Sunset Valley com seus pais e sua irmã mais nova. Sempre gostou muito de se comunicar através de blogs. No auge dos seus 15 anos, alcançou um número de seguidores muito alto e não parou mais, chegando logo no topo da carreira de Mídias Sociais.



Aos 17, já era bem famosa no meio, constantemente era contratada para participar de propagandas patrocinadas por grandes empresas e marcas famosas. Com o dinheiro que entrou, mudou-se com sua família para Willow Creek, que apesar de ser uma cidade pequena e pacata, ficava próximo às cidades grandes como San Myshuno e Windenburg.


Passou a fazer alguns trabalhos como modelo e a aparecer em Red Carpets de eventos famosos. Mesmo assim, o sonho de cursar medicina permanecia em seu coração. Então, com economias que vinha juntando, partiu para uma nova jornada e foi morar em Magnólia Promenade, uma cidade porto, que não era tão longe de Willow Creek.





Começou a cursar medicina em uma das universidades mais requisitadas do país e quase 4 anos depois, aos 21 anos, já estava fazendo residência no hospital da região. Nunca largou o blog, apesar de não utilizar ele com frequência, pois sua jornada de trabalho e aulas longas e exaustivas não permitiam. Assim começou a vida dessa garota nada comum, que foi conquistando espaço e tem muitas histórias para contar.

 

Kat POV on:

Os três primeiros anos da faculdade foram extremamente cansativos, mas não me arrependo nem por um segundo. Como passo a maior parte do tempo fora de casa, tive que contratar uma pessoa para cuidar das coisas para mim. Fiz algumas amizades no hospital onde resido, mas não tenho muitos amigos. Recentemente, minha irmã veio morar comigo aqui em Magnólia. Ela está em seu 3º ano do ensino médio e tem um emprego de meio período como trabalhadora manual. Meus pais continuaram no casarão em Willow Creek e sempre que posso, vou visita-los.


Sempre tive o sonho de cursar medicina, pois cresci com meu pai seguindo essa profissão com muito amor. Hoje, tenho orgulho em poder residir no mesmo hospital que ele dirige. Minha mãe é promotora de eventos de caridade, trabalho que se identificou em uma das viagens que fizemos com uma ONG. Ela trabalha juntamente com a prefeitura.


Temos uma casa nas montanhas em Granite Falls, que tem um clima frio durante todo o ano, mas principalmente no fim do ano, quando costumamos ir para comemorar o Natal. Já virou tradição.





Hoje é dia de comemoração, então eu e mais duas amigas resolvemos sair ao fim do plantão, porque a Lara foi promovida à secretária executiva do hospital. Estamos aqui na Lhama Gritadora, um barzinho bem conhecido de Windenburg, tomando uns drinks e jogando os famosos jogos de bar.


Lara mora em Newcrest e tem uma família linda. Seu marido trabalha na Simmer Inc. uma corporação responsável pelos negócios relacionados à internet. Possuem várias empresas e é dirigida por João Pedro e Henrique Nunes, onde JP é o sócio sênior e Henrique Nunes o CEO.


Já a Ji-Hye, é uma residente mais experiente que eu e atua na área de cirurgia geral. Tem descendência coreana e mora com sua irmã em San Myshuno. Foi através dela que conheci o Sim-pop e comecei a assistir doramas.


Elas são minhas amigas da vida. Nos conhecemos no hospital onde trabalhamos hoje.



Estava discutindo com minhas amigas sobre o almoço que aconteceria com o governador nesse fim de semana. Minha mãe queria o apoio da Simmer Inc. na luta contra o câncer infantil, uma causa que ela queria promover no Hospital Almirante QUETUQUES. Então, nossa família almoçaria com a família dele para discutir sobre o assunto. “Onde está a ligação em tudo isso?” você deve estar se perguntando. Vou ligar os pontos para você:


Acontece que, meu pai é diretor do Hospital Almirante QUETUQUES, eu sou residente, minha mãe a promotora da causa, o governador queria apresentar um projeto para mudar o modelo de gestão e implantar questões sociais no maior hospital da área dos Compilados Estados, a filha mais velha do governador é a investidora principal da Simmer Inc. e o filho do meio o CEO da mesma.


Minha mãe está planejando um evento intimista, então o almoço provavelmente será no casarão. Eu já conheci alguns membros da família do governador, pelo que sei, ele, a mulher e o filho mais novo moram em Oasis Springs, o filho do meio mora em uma cobertura na Cidade Alta e a filha mais velha mora com o marido e o filho em Windenburg. Conheci a Geovana em uma das consultas do filhinho dela na pediatria do hospital, muito simpática, nos esbarramos vez ou outra e sempre pergunto sobre o bebê.


[...]


A noite foi ótima, porém não ficamos até muito tarde porque amanhã temos mais um plantão a encarar e também moramos em cidades diferentes.



Nosso país não é muito grande em relação a outros países que vemos pelo mapa. Há um tempo atrás, foi criado os Estados Compilados, que é governado por Eduardo. Os estados principais Estsu e Estnor podem ser cruzados em menos de uma hora, o que significa que viajar de um estado para o outro é uma coisa bem rápida. O hospital fica em uma vizinhança independente no meio do estado Estsu, cruzando as três cidades de lá.



Chegou o dia do almoço com o governador, estou dirigindo em direção ao casarão, atrasada como sempre. O almoço foi marcado para às 13:00h e já são 12:45min. Minha mãe me ligou umas 12 vezes, sem exagero. A minha irmã costuma passar o fim de semana com meus pais, então ela está lá desde sexta-feira (hoje é domingo).


[...]


Miriam – Sejam bem-vindos. É um imenso prazer poder recebe-los aqui.

Governador – O prazer é nosso. Essa é minha esposa Alice e meus filhos, FelipeGeovana e Henrique.


Meus pais discutiam animados na mesa sobre projetos e o governador se mostrava interessado a todo tempo. A causa era nobre, mas as discussões um pouco tediosas, então me concentrei na Geovana tentando dar comida ao Arthurzinho, que estava fazendo uma bagunça na mesa. Ela contou que ele estava aprendendo a falar, ficava balbuciando coisas desconexas o tempo todo, o que era engraçado de ver.


Em um momento, a atenção do grande CEO se voltou para mim.


Henrique – Soube que a Katerine é um dos grandes destaques da emergência do hospital.


Eu estava em um mundo particular pensando em várias coisas, menos no que estava acontecendo naquela conversa burocrática. Então, meio devagar, pronunciei um: - O que?


Henrique – Ouvi dizer que você apronta todas e vive cometendo gafes com os pacientes. – Disse isso com um sorriso entre os lábios.


Estava me provocando? Eu já o achava metido antes, agora mais ainda. Todas as revistas falando sobre ele devem ter afetado seu bom senso.


Kat – Deve estar faltando trabalho para você ter tempo de saber o que acontece em um lugar fora da sua jurisdição. – Retruquei.


Ele riu e continuou a conversar com meus pais, me alfinetando entre uma pausa e outra.


Henrique era aparentemente aquele cara metrossexual que se importa muito com a aparência, está sempre com o cabelo cheio de gel, vive dentro da academia e adora se achar o último biscoito do pacote. Não podia negar que ele era lindo, mas insuportavelmente egocêntrico.


[...]


Eles se despediram de nós, com a promessa de que o próximo almoço seria na mansão do governador. A julgar pela cara dos meus pais, saiu tudo como planejado e a Simmer Inc. apoiaria financeiramente a causa. Minha mãe já estava planejando o próximo passo animada e o meu pai estava fazendo ligações para os chefes da oncologia do hospital.


Eu estava largada no sofá assistindo uma série com minha irmã, que passou praticamente o almoço todo sem se pronunciar, o que não era muito incomum. Ela sempre foi mais na dela e apesar de ser falante quando está entre amigos, não costuma bater papo com pessoas que acabou de conhecer.


Quando recebi uma mensagem:


Oi esquentada, amanhã vou te buscar no fim do plantão
para tomarmos um café e discutirmos tudo o que não
conseguimos hoje, ok? Não fuja.
– Desocupado.

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